terça-feira, 4 de maio de 2010

Se eles são o futuro...

Assisti novamente Madadayo.
Kurosawa nunca é demais.

Com tanto respeito e reverências ao sensei, pensei (vishi, cacofonia nipo-brasileira!) em uma das reivindicações dos professores brasileiros: a de não querer mais apanhar.
Esses meninos "puros e ingênuos" são nosso futuro...

O filme é muito lindo! Um requiem.
Kurosawa faleceu 5 anos depois, em 1998.

O sofrimento excruciante do sensei com a perda de Nora é perfeitamente compreensível...

Temos muito a aprender com esse povo, mas nada é perfeito.
O número de suícidios no Japão é alto (o próprio Kurosawa tentou o suicídio uma vez), assim como o alcoolismo e a violência doméstica, que até há poucos anos era tratado como "assunto privado".

Uma em cada 3 mulheres japosesas sofrem ou sofreram agressões e a cada 3 dias uma vítima de violência doméstica morre.
Provavelmente graças à influência ocidental, a violência entre os jovens vem aumentando na mesma proporção do aumento do vandalismo.

Voltando à ficção...
Não entendeu nada porque não viu o filme?
Azar o seu.


4 comentários:

  1. Graças ao sensei pude conhecer Madadayo, que assisti ontem. Dói ver uma realidade tão bonita como a do filme, e perceber que mesmo lá na Terra do Sol Nascente esses valores estão sendo deixados para trás em nome da ocidentalizaçâo( pra não dizer especificamente americanização). Pena que o filme seja tão curto, para tudo aquilo que ele poderia explorar...O sensei conhece o sensei Onizuka?

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  2. Quando li o post do sensei, pensei que Nora seria a mulher ou alguma aluna do sensei do filme. Um gato...fiquei com a impressão de que o sensei do filme não sofreria tanto pelo desaparecimento da esposa.:b

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  3. Não conhecia não (meio desatualizado nos mangás, se for esse o caso).
    Parece legal.

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  4. Acompanhei a versão dorama(seriado) de 12 episódios.

    Da wikipedia:

    "Onizuka Eikichi é um rapaz de 26 anos que no seu tempo de escola era líder de uma gangue de motociclistas da pesada e faixa preta em Karate. Depois de se formar numa faculdade de quinta-categoria em Estudos Sociais, resolve exercer a profissão de lecionador, mesmo não tendo a mínima aptidão para o cargo. Com muito sacrifício, Onizuka consegue um emprego em um colégio e vai dar aula para uma turma fora do normal. Utilizando métodos pouco convencionais, ele procura colocar seus alunos na linha, tornando-se amigo, compreendendo-os e mostrando á eles que um professor também possui sentimentos (do modo mais difícil para eles). E claro, aproveitando pra ver as garotas de uniforme escolar e tentar conquistar Azusa Fuyutsuki, uma professora da mesma escola.

    Suas atitudes lembram, em diversos momentos, os ensinamentos do filósofo indiano Osho."

    Temas que o sensei abordou em seu posts como a questão do sucesso como razão última da existência do homem moderno são criticadas em alguns momentos da série. Vale a pena, risos e dramas.

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