terça-feira, 27 de julho de 2010

E casamento, na maioria das vezes, também


Complementando meu post anterior, foi de desagradável surpresa (nunca vou deixar de ficar boquiaberto com essas coisas) que outro amigo me respondeu ao convite de fazer nossa trilha na Juréia com algo como "To cansado, aliás minha moto tá encostada. To em outra pegada".

Para esclarecer, esse digno amigo adora (me recuso a colocar no passado) fazer motocross e sempre foi autônomo.
Casou há pouco tempo e tem um filho de uns 2 ou 3 anos (sei lá, esses "joelhos" me parecem todos iguais).

Fantasiou-se de pai de família responsável.
Sua esposinha cortou seus culhões.
Primeiro arrumou um "empregão" (pois isso é seguro e coisa de homem - háháhá), sendo que a vida toda teve sua própria oficina.
Um porrezinho de vez em quando nem pensar!
Por fim, entre outras coisas, a derradeira procriação e a alcunha de "pai de família".

Não posso por toda a culpa nela claro, mas insisto na "culpa" pois ela aqui representa a área feminina, e eu sempre disse que nós machos somos uns bundões, já que as escolhas e decisões são femininas e toda a nossa formação é quase uma exclusividade delas.

Mas a controladora tem alguma "vantagem" sobre o controlado?
De maneira nenhuma.
Mais um núcleo familiar doentio está nascendo.
E mais uma amizade está com a 'data de validade vencida'.
As pessoas mudam as outras e depois não gostam do resultado. Mas o que é "certo é certo".

Ele está feliz assim?
Há, há, há... está na testa dele que não.

Já dizia o Gikovate: "São 3 os estados civis: mal casado, solteiro e bem casado."

A última categoria é mosca branca.

Em geral farejo logo o fracasso.
O casal começa achando que vivem uma simbiose. Não sei porque cargas d'água acham que "amor" é quando se fica o tempo todo grudado.
Depois um começa a cortar as asas do outro e a desrespeitar o espaço alheio.
Por fim, o grande teatro do mamãe cuida das crianças e papai sai pra trabalhar.

A receita é sempre a mesma?
Ninguém arrisca outra forma?

O primeiro amigo a se divorciar confirmou: "Quando o casamento tá uma merda você tem um filho. Quando piora você tem o segundo".

Ah! Sou casado há mais de dez anos... mas a minha receita começou no namoro: "Vou pra tal bar às 22 horas e não tenho hora pra voltar. Se quiser ter a sua hora vá com o seu carro ou volte de táxi."

Não somos gêmeos siameses nem por isso deixamos de nos curtir, ter tesão e de nos preocupar mutuamente.

Se minha receita está certa eu não sei, mas a alternativa conhecida é um fracasso e uma afirmativa facilmente demonstrável.

Enfim, não deixo de ficar de luto com a perda dos meus amigos para o sistema, seja ele, corporativo ou social.

5 comentários:

  1. alex castro ja escreveu bastante sobre isso , e eu concordo com vcs.

    acho que as pessoas acabam tentando se fundir uma na outra (como diz o gikovate) pq não suportam ficar sozinhas consigo mesmas.

    eu queria ter um namorado, mas não do jeito que ja tive, sabe?? queria arranjar alguem (e agora eu falo de namorados, amigos e amigas)que tivessem uma vida independente, que fossem autonomos. que quisessem ficar comigo pq gostam de mim não pq não tem mais ninguem pra ficar.

    e é tão dificil achar esse tipo de gente, cara.

    ResponderExcluir
  2. acho difícil tbm.
    mas acho que esse encontro acontece (ou não) naturalmente.

    se existem poucas mulheres bacanas existem poucos homens que valham a pena tbm, mas essas minorias querem se encontrar.

    ResponderExcluir
  3. kkkkkkkkkkkkkkkk
    Sim, eu sei, é triste.
    Acho que a ideia é tornar a vida uma merda para que fique mais fácil morrer...

    ResponderExcluir
  4. Já eu desconfio que esgotei minha cota (e minha disposição) para relacionamentos amorosos estáveis. Interesse zero.

    ResponderExcluir
  5. eu espero que sim.
    enquanto isso fico com os que eu ja encontrei pelo caminho virtual ou "concreto". :D

    ResponderExcluir