quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mais

Mais "cultura de seriado"...

Da mãe do Charlie (Two and a Half Man): "Deus nos deu filhos pra que a morte não seja uma opção tão ruim."

AHAHAHAHA!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

House

Para quem gosta do 'hiper-realista' e "viciado em sinceridade arrasante" House, encontrei uma coisa curiosa.
Lançaram um game sobre a série.

House me parece ser um DDA... só resolve as coisas quando está divagando sobre outras e/ou exercendo o ócio.

Mas como gamer fanático desde o "Combate Aéreo" pra ZX81 (bem anterior ao Space Invaders), digo que o jogo, ao contrário da série, deve ser uma mer$@!

sábado, 25 de setembro de 2010

A MEDICINA DE TCHEKHOV

É muito bom!
Cortei para ler depois e se passaram meses... hehe, coisa de DDA...
Simplesmente reproduzirei aqui.

LUIZ FELIPE PONDÉ* (FOLHA DE SÃO PAULO – 28 junho 2010)
 
HÁ 150 ANOS, o escritor russo Anton Tchekhov (1860-1904) nascia. Médico, Tchekhov tinha um sentido aguçado para a miséria concreta da vida humana. Partilho com ele de um grande ceticismo com relação à crença cega no progresso, tão comum entre os tolinhos de hoje em dia.
 
Qual a visão de mundo de Tchekhov? Qual é a marca profética (comumente referida na crítica especializada) dos autores russos do século 19 com relação à modernização? No caso de Tchekhov, contra o delírio de autossuficiência moderna, essa marca está na sua visão de que a humanidade vive contra um cenário infinito que ultrapassa cada um de nós e a cada “era histórica”, retirando-nos a possibilidade de avaliar o verdadeiro sentido de nossos atos. Apenas aqueles que viverão 500 anos depois de nós poderão, talvez, ver algum obscuro sentido em nossas vidas.

Ao contrário dos “ocidentalizantes” (termo comum na Rússia do século 19 para descrever os que abraçavam o avanço moderno sem dúvidas), que se viam como donos do próprio destino, Tchekhov logo percebeu que a modernização seria apenas mais uma experiência, como tudo que é humano, de fracasso com relação à posse do destino. Contra o ridículo orgulho moderno, ele vê que a modernidade seria uma série de encontros e desencontros com as eternas sombras do humano. Quais seriam as sombras “modernas”? Os ganhos sociais (a superação do “chicote”, como dizia Tchekhov, um descendente de servos) e técnicos (os ganhos da medicina no combate, por exemplo, à cólera, que tanto ocupou sua vida de médico de província) que cobrariam um alto preço (perda dos laços comunitários, mergulho na desumanização instrumental em busca de uma vida melhor, “bregarização da vida”), representado de forma cirúrgica em sua obra.

Esta paciência para com o obscuro sentido de nossas vidas é atípica em uma época como a nossa, marcada pela impaciência com o vazio da vida. Fingimos que sabemos o sentido de nossas vidas, vendo-o como sendo o “avanço” ou o “progresso” técnico, ético e social. Para cada avanço, um afeto se esvazia sob o dilaceramento das relações (burocratizadas) que se dissolvem no ar. Os afetos e não as ideias nos humanizam, e afetos não são passíveis de uma geometria do útil.

É exatamente da inutilidade dos afetos que fala Tchekhov em peças como “Tio Vânia” ou “Três Irmãs“, nas quais as pessoas são tragadas pelos avassaladores detalhes da vida numa marcha cega em direção ao desperdício da sensibilidade humana. Na peça “A Gaivota”, uma infeliz gaivota abatida torna-se metáfora de todo o drama: assim como é abatida uma gaivota (pelo diletante desejo humano da caça), somos todos abatidos ao longo da vida, por diletantismo do destino. Entretanto, que os tolinhos de plantão não pensem que um grande anatomista da alma humana como Tchekhov pensaria bobagens como “se não matarmos gaivotas o mundo será melhor”.

É no confronto com as contradições internas da sua obra que podemos perceber que Tchekhov não era um “tolinho progressista” que acreditava numa humanidade higienizada de suas misérias morais.

No conto “O Homem Extraordinário” , um homem insuportavelmente honesto, reto e justo (o “insuportável” fica por conta da fala de sua esposa na agonia do parto) destrói a possibilidade da vida cotidiana, em nome de uma vida absolutamente ética: sem luxos, sem desperdício, sem abusos. Este homem extraordinário dificilmente abateria gaivotas por diletantismo, mas, no lugar do diletantismo da caça, ele asfixiaria a respiração humana sob a caricatura morta de uma vida corretíssima.

No “Jardim das Cerejeiras“, uma família da pequena aristocracia rural russa empobrecida, dona de uma propriedade com um jardim de cerejeiras, perde a posse das terras para um descendente de servos, agora livre, burguês e crente no futuro. No lugar deste velho e inútil jardim será construído um loteamento de férias para a “classe média” vir com seu direito brega à felicidade e seu amor ao “futuro”. 

Pois é ele, o habitante brega desses loteamentos, o herdeiro da Terra e dele será o reino dos céus. 


* Atualização: o Pondé é um reacionário de merda e no meio acadêmico é geralmente desprezado, mas eventualmente se lê dele algo razoável.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Breaking the law*


Há uns dias peguei um pote de sobra de massa de bolo batido e tasquei o dedo pra lamber os restos.
Delícia!
Relíquias de uma época em que isso era divertido, gostoso e não era assombrado pelos fantasmas das 'bactérias' e 'germes'.

Eu e meus amigos jogávamos bolinha de gude no chão de barro e tomávamos água da torneira quando dava sede. Sem copo, na mão mesmo. Estamos todos aqui, e diga-se de passagem, mamãe Coisa nunca pensou na criatura de quase dois metros que as "bactérias" iriam ajudar a criar.

Fim de semana era a loucura de descer a serra de bicicleta e na volta tomar uma "tubaína" com as moedas do bolso. Ninguém foi sequestrado, estuprado ou morto... outras épocas alguns irão dizer... sim, época com menos paranóia, com moleques que ouviam 'não' mas sabiam se defender.

Quando queríamos nos aventurar mais longe pegávamos o "busão" (saíamos da terra do presidente) pra jogar fliperama na Xavier de Toledo, perto do Mappin. Vários e vários minutos namorando as máquinas, jogávamos uma ou duas fichas (a única quantidade que podíamos comprar) e íamos embora realizados.
Na época era proíbido para menores, não sei se ainda é assim.
Mesmo nesse "antro da perdição" ninguém virou um junkie. Ou pelo menos, quase nenhum. :o)

Estávamos indo da sétima para a oitava série, já eramos "quase adultos". Nos dávamos o direito de levar aquele gravador cassete com trinta pilhas pra "rolar" o British Steel do Judas Priest* no meio da aula. Os "metaleiros da pesada" acabavam cedendo às professoras, coisa de respeito, certa disciplina.

Mas estávamos bem, afinal, ouvíamos clássicos e não Justin Bibas (que não vai virar clássico nem para a mãe dele) da vida - "coisas" como forró universitário e sertanejoromanticobrega eu nem vou citar - e muito menos, pois nem existia, deixávamos celulares ligados.

Já nessa época meus amigos sempre diziam que eu tinha algumas moedas a mais por causa dos bicos. Eu era o mais pobre da turma mas desde os 13 anos já "consertava uns toca-fitas" pra descolar um troco.
E depois gastava tudo no Jumbo Eletro ou no Mappin com uns LP's ou na Santa Efigênia (um dia ela não foi uma sucursal de Cuidad del este) com 'tranqueiras de eletrônico'.

Como bom hiperativo, não só fazia as aulas de educação física com prazer, mas completava todos os outros dias da semana com treinos de outros esportes. Um bodybuilder começa cedo! :o)

Olhando meus amigos quarentões hoje, vejo que não mudamos nada.
Cabelos "prateando", a maioria com suas "saliências abdominais", mas no fundo, todos iguais.
Um "revestimento de homem de família" foi instalado na maioria, um verniz que acharam necessário passar para atender aos anseios da sociedade.

Numa inversão de valores bastante sintomática, algumas "patroas" deles dizem que "fazem amor" e "amam dinheiro".

Informados da minha mudança, que há tempos ensaiava, me indagaram "horrorizados" sobre o que eu faria no litoral. Em termos de trabalho, uma atividade abominável que todos foram catequizados para "gostar", eu disse: "Nada como sempre. Ou no máximo, o mínimo."

Presenciei reações bastante engraçadas e adversas.
Como em "Revolutionary Road", alguns se sentiram traídos, outros ofendidos, alguns surpresos. 
Apesar de nunca ter estado propriamente neste esquema, a grande expressão de olhos arregalados era: como eu deixaria para trás as 'maravilhas' da metrópole, das corporações, da competição e, claro, dos hospitais?
No fundo, tudo o que eles sabem que não tem sentido.

Projetavam o medo deles como para um navegador do século XIV que iria até o "fim do mar"  numa Terra, claro, plana.

Lembrei a eles que "Vida Besta" do Premê ("...pensando no futuro comprei um terreninho no cemitério...") também passou pela nossa época e "Ouro de Tolo" do Raul também.

Sudosismo? Imaturidade? Complexo de Peter Pan?
Não, apenas a realidade de que são as "idiotices" que sempre nos deram boas sensações.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Muitas aspas, algumas lágrimas

Voltei a pouco da cremação de Maria Lúcia.
Filha mais nova entre 4 irmãos, dentre eles, minha sogra, o ex-ministro e a ex-procuradora da república, morreu doente e com dificuldades financeiras.

Era considerada a "burra e problemática" por eles, afinal não tinha "sucesso" como os irmãos ilustres.

Para mim, que viu de fora já que não sou parente, era a mais inteligente e que melhor ouvia os outros (na melhor concepção da palavra). Mulher bonita, de olhos claros e fala agradável.
Postou aqui um comentário pra mim uma vez.

Ver a ex-procuradora se descabelando sobre o caixão, muito mais do que hipócrita, foi ofensivo.
Uma forma clássica e oportunista de aproveitar a culpa como marketing pessoal.
Do alto de seu "sucesso", títulos, condecorações e muuuuuuito dinheiro, deixou a irmã abandonada à míngua.

Solitária, "azeda" e nitidamente infeliz, criou um clone seu, que com muito "sucesso" está trilhando sua vida na diplomacia.
Não por coincidência, terminou um casamento em 2 meses com um cara de "sucesso" que era seu "amado" desde a faculdade.

Pessoas de "sucesso" não tem muito tempo para o aprendizado da arte de se doar.

O ex-ministro, claro, não foi avisado já que estava na Itália passeando e não podia ser incomodado com esses assuntos "desprezíveis".
O "grande" homem, aliás, dá broncas homéricas na mãe (uma senhora de 92 anos) por bobagens da infância, e por pouco, muito pouco não abandonou a mesma à própria sorte.
Com certa idade, câncer, aparentemente solitário e amargo, está se deparando com a realidade da "importância" (se é que me entende).

Fiquei realmente triste pela Lúcia e a situação em que ela "acabou".
Mais triste ainda pelo seu filho, um mestiço de 'japa' jovem e muito bacana, que já não bastasse ter achado o pai morto, encontra a mãe da mesma maneira.

No fim da "cerimonia da hipocrisia", a ex-procuradora conforta (se é que ela é capaz disso) o rapaz, e fiquei imaginando as entrelinhas: 'Pode contar comigo pra qualquer coisa meu filho. Abandonei sua mãe faz muito tempo, por isso conte comigo e minha culpa".

Para obter o "sucesso" é necessário muita dedicação eu concordo, mas devido à limitação intelectual inerente a nossa espécie, todos os recursos e o tempo são dedicados a isso, e afeto, solidariedade e outros valores éticos não estão inclusos nessa formação.

Aliás, não ter valores éticos é um pré-requisito para o "sucesso".

Não é novidade pra mim, apenas mais uma constatação, um reforço de que prefiro ser um cara "fracassado".

sábado, 11 de setembro de 2010

Foi mal

Um casal de amigos voltou da Itália e veio animado nos mostrar as fotos.
Bom, odeio viajar então sou um sujeito suspeito pra me animar com essas coisas.

Mas completamente distraído (novidade para um DDA) estava observando as tais fotos quando sabe-se lá porque associações mentais perguntei ao meu ilustre amigo: "Nossa, porque esse entulho estava aqui?".
Ele caiu no riso e me disse: "É a entrada do Coliseu".

Talvez estivesse pensando no que ele havia comentado sobre a Itália quando chegou, sobre a sujeira, desorganização e hotéis meia-boca.

Mas antes que eu seja apedrejado e queimado em praça pública pela ignorância e tudo mais, pense apenas em ver algo sem a 'obrigação' de dizer que é maravilhoso, histórico e blá, blá, blá.

Acabamos por discutir se história é algo realmente importante e se alguém que veja essas tais 'maravilhas' tenha alguma noção do porque e como aquilo foi construído e quais as razões daquilo ainda estar de pé.

Esqueça do lugar comum e da necessidade quase religiosa de dizer que acha a Capela Sistina maaaaaaaaaaaaaraaaaaaaaaaaaaaaviiiiiiiiiiiiilhosa.

Convenhamos, a Torre Eiffel é a coisa mais kitsch que existe e não tem nada a ver com o local (os parisienses eram contra a sua construção).

O nosso Cristo Redentor então, pelamordedeus! Se o pai do homenageado existisse ele teria provocado um terremoto pra derrubar essa coisa.

Perguntei a meu amigo se ele de fato gostava de viajar (que obviamente acarreta em não usar a sua cama, esperar avião como trem de subúrbio, correr o risco de perder os pertences nas bagagens, ser sempre o babaca que vai tirar fotos "segurando" a Torre de Piza e comprar um monte de porcarias que se acha na 25 de Março) ou era pelo prazer de colocar as fotos no Orkut pra dizer o 'quanto sou chique e culto'.

Sabe aquela coisa de colocar no Orkut "minhas férias na Disney"? Sim, babaquíssemo.
Tudo o que se faz é para os outros. Como sou visto pelo grupo.
Tipo, 'se sou feliz tenho que fazer barulho e anunciar isso'. Bastante suspeito.

Ter a obrigação de achar a Mona Lisa "um espetáculo" também.

Não estou fazendo apologia à ignorância, mas acho que toda forma de avaliação de algo porque é "a lei do Oeste" não é lá muito inteligente.
E tudo o que se faz para o merketing pessoal da felicidade e do sucesso é bastante mediocre.


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Os alienígenas já estão aqui

Quando fui informado que o Diário Oficial tinha publicado uma portaria que obriga que todos os avistamentos de OVNI's fossem catalogados e todos os registros da aeronáutica sobre o assunto fossem abertos ao público, concluí de imediato que a paranóia estaria oficializada.

O delírio (estão sempre delirando?!) dos Ufólogos foi quase total.
Claro que com o pacote de bobagens disponibilizado, eles provavelmente ainda dirão que os "registros especiais" ainda estão sendo escondidos pelos militares, nazistas e um grupo de beduínos paranormais.

Apesar das probabilidades de qualquer coisa na ordem de 0,000000000001% da existência de organismos complexos inteligentes fora desse sistema solar (e percentual próximo nesse sistema solar), acho que agora aceito que os ET's estejam entre nós.

As evidências de ET's e entidades sobrenaturais são de fato incontestáveis.
Basta assistir ao horário eleitoral.

Só podem ter vindo de outros planetas ou até mesmo de localidades inabitadas e amaldiçoadas da Terra ou outras dimensões temporais.

Diretamente dos subsolos da Transilvânia temos José Serra de Dusseldorf (ok, deve existir ligações subterrâneas entre a Romenia e a Alemanha).

De Ameba Centauro IV, chegam Vampeta, Ronaldo Esper(man) e Marcelinho Carioca.

De uma experiência genética mal sucedida entre chuchus e humanos (estragaram o chuchu) o futuro governador de São Paulo, que, diga-se de passagem, é o representante perfeito pra sampa.

Originário da nebulosa de Alfa Peróba, o Sr Paulo Salim Malaca.

De mutações do Tapirus Terrestres (anta) irradiadas por fezes alienígenas, o brilho de Tiririca , Frank Aguiar e Netinho.

A lista é extensa demais.
Consta do site do TSE (Triagem Setorial Extraterrestre).
Você acha que os boss do tal órgão (latejante) estão quase sempre de preto por que?

Bom, a abdução coletiva tem data: dia 3 de outubro.
Boa sorte e que a FORÇA esteja com você.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O fim é só o fim


Vi uma reportagem sobre ortotanásia, que seria algo como deixar a morte natural ocorrer, sem interferência médica e sofrimento.
Alguns hospitais estão até criando leitos para isso.

Sem sofrimento é uma afirmação ridícula, já que não se pode afirmar que isso ocorra de nenhuma forma.

Apesar de ateu e absolutamente cético, ainda espero algum amigo ou parente voltar (ou enviar um email, SMS etc.) pra me falar se não houve sofrimento e se o paraíso é a chateação que dizem. :o)

Ainda na questão do sofrimento, quem passa por ele (ou passa com ele) são os que "ficam" e não os que morrem, mas os médicos estão pouco interessados no bem estar do paciente, imaginem dos parentes do paciente, e nem sequer têm alguma competência nesse quesito.

Acho que o problema maior não é a morte natural e sim a "vida natural".
Nada de babaquices ecochatas e comidas horríveis de vegetarianos com pele cinza, mas uma vida mais aprazível, com menos preocupações e mais interações comunitárias afetivas.
Mas de novo, coisas que nenhum médico faz ou recomenda.

Coisas como a avó da minha esposa, que com sua alimentação adequada de 0% verduras e frutas e 100% salame e ovo (e não é força de expressão!!!) e nada de atividades físicas, tem 92 anos, magra e nenhuma patologia.
Mas com um pequeno dado que não aparece nos exames: nunca trabalhou e nunca teve preocupações significativas.
Claro, os médicos tecnicistas dirão que isso é coincidência e não é uma amostragem científica significativa.

Mas essa reportagem me lembrou da eutanásia e do suícidio, temas polêmicos (polêmicos = assuntos onde religião e preconceito tornam as coisas nebulosas) e que vira e mexe voltam à tona sem maiores aprofundamentos em ambas.

Da primeira, sim, sou totalmente a favor. Ponto.

Me concentrei na segunda.
A que seria estranho dizer que sou a favor, mas que posso dizer que deveria ser um direito do indivíduo poder escolher quando não quer "brincar" mais.

Na única coisa que de fato é nossa, não nos é permitido arbitrar sobre ela, o próprio corpo ou vida.
Coisa semelhante acontece com o aborto.

Sempre que se fala em suicídio, pensa-se em depressão ou outra patologia.
Não acho que seja em todos os casos.

Acho justo, digno e corajoso a pessoa que tem clareza de escolher o momento de parar.
É uma forma "natural" de morrer, ou seja, por escolha própria, muito mais do que ir se desmanchando a ponto de não se reconhecer mais e nem ter a dignidade da autonomia.