Adoro música, a boa música.
Ok, isso é suspeito.
Mais suspeito ainda se você é um daqueles que diz que "gosto não se discute" (blergh!).
Além de ser lugar comum, não significa que a qualidade da música não possa ser discutida.
Postei sobre blues aqui e agora vou dar uma dica sobre o rock, em especial o heavy metal.
Lá pelos anos 80 fui contaminado por esse estilo e toda a sua forma de cultura.
Iron Maiden e Judas Priest no 'talo', calças jeans rasgadas (veja só, alguns acham novidade isso), jaquetas jeans com patches (pedaços de panos com logo das bandas) ou de couro, e claro, cabelos compridos (que raiva! o meu enrolava! rs).
Alguns mais "figuras" complementavam com os braceletes de tachas, e outros mais malucos ainda (eu), tinham um gerador de alta tensão feito em casa ligado a essas tachas.
O heavy metal surgiu na Grã-Bretanha, em especial nos subúrbios de Londres na década de 70, como uma reação a falta de perspectiva gerada pelo trabalho duro nas emergentes indústrias da região e claro, como mais um contraponto ao modelo judaico-cristão ocidental, não por acaso sua estigmatização com o demônio (o uso do "tritom do diabo" também gerou muita bobagem na imprensa e grupo conservadores) e o mórbido (trabalhar é sempre mórbido).
Seus padrinhos são a chamada 'santíssima trindade do rock': Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath.
Mas não se pode esquecer de Blue Cheer, Cream e Hendrix.
Seus padrinhos são a chamada 'santíssima trindade do rock': Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath.
Mas não se pode esquecer de Blue Cheer, Cream e Hendrix.
Também não por acaso o metal estourou no Brasil na década de 80, últimos anos da ditadura, e teve como marco o Rock'n Rio 1 em 1985.
A região do ABC paulista (uma região até então metalúrgica com alguma similaridade das opressivas frentes de trabalho dos subúrbios londrinos) foi um dos corações do movimento. A primeira rádio rock, as primeiras lojas especializadas em metal, as primeiras feiras e claro, as muitas confusões e atritos com o movimento punk.
Como dizíamos, o heavy metal é eterno. E uma vez "exposto aos seus efeitos não há mais cura".
Diferente de "tribos" onde a música não é o principal, ou talvez não é nada. Imagina se alguma dessas ladies do pop fossem gordas e feias, daria certo?
Lady Gaga ou Ivete Sangalo sem apelo sexual vc lembraria? Aretha Franklin precisa disso?
Restart, Fresno ou Justin Biba sem o visual 'bonitinho' vc lembraria? Jimmi Hendrix precisa disso?
Diferente de "tribos" onde a música não é o principal, ou talvez não é nada. Imagina se alguma dessas ladies do pop fossem gordas e feias, daria certo?
Lady Gaga ou Ivete Sangalo sem apelo sexual vc lembraria? Aretha Franklin precisa disso?
Restart, Fresno ou Justin Biba sem o visual 'bonitinho' vc lembraria? Jimmi Hendrix precisa disso?
A tribo do Metal é mais mundial do que nunca e mais heterogênea do que se imagina.
Alguém ouviu algum comentário no meio sobre a opção de Rob Halford (vocalista do Judas Priest que há anos assumiu sua homossexualidade)? Não. Ele sempre é citado como um dos maiores vocalistas de metal e nada mais (seu visual diga-se de passagem, continha muitos elementos de redutos GLS).
Parágrafo TDAH fora do contexto: Na minha opinião delegacias, estatutos, leis e cotas que "separam" é estímulo ao racismo.
Heavy Metal é identificação. A casa dos excluídos e oprimidos. A companhia dos solitários. A energia dos angustiados.
Cabelos compridos ancestrais e tatuagens tribais. Origens musicais que vão dos acordes simples do blues até a virtuosidade da música erudita (só pra exemplificar posso citar a técnica de arpejo de Eddie Van Halen (guitarrista do Van Halen), a técnica de tenor de Bruce Dickinson (vocalista do Iron), a influência clássica do tecladista Jon Lord (Deep Purple), o braço pesado de John Bohan (baterista do Led Zeppelin que misturou bem o jazz e percursão com velocidade e força insana) e o visual kabuki do Kiss.
E convenhamos, viajando um pouco mais no tempo, Wagner fazia um heavy muito conscistente!
Já fui há vários shows e é fantástico, mas confesso que me cansei de ter que bater em moleque suado... rs
De qualquer modo é bom ver os cinquentões (daí pra cima! rs) tocando pros quarentões que muitas vezes levam seus filhos junto.
O documentário 'Global Metal' (http://www.fileserve.com/file/3PaRFxF) é uma viagem interessantíssima sobre a globalização do metal. Dirigido e criado por Sam Dunn metaleiro e antropólogo, começa sua jornada pelo Brasil (olha a camiseta do Sepultura dele!).
E o 'Heavy Metal - Louder than Life' um documentário mais histórico e técnico sobre o gênero.
Parte 1: http://www.megaupload.com/?d=G3P4N3AH
Parte 2: http://www.megaupload.com/?d=5C0BBM3G
Parte 3: http://www.megaupload.com/?d=ZMV7H8FQ
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Chacoalhando sua cabeça ou não, divirta-se!
PS: não fui eu que fiz os uploads dos arquivos e acho a pirataria uma prática de ética discutível, mas como disse Bruce Dickinson (vocalista do Iron) compartilhe e distribua nossas músicas (em países como Irã não há outro meio) mas compre aquilo que você se identificar mais.