Martin Heidegger, o grande filósofo do século XX que vivia como um camponês, dizia que os trabalhadores de comunidades rurais tem uma "compreensão instintiva" sobre sua própria humanidade e que os habitantes de grandes centros urbanos tendem a perder o contato com sua própria individualidade.
Forçados a se identificar por padrões de massa, sofrem fortes ansiedades, vivendo, nos termos de Heidegger, vidas "inautênticas".
Forçados a se identificar por padrões de massa, sofrem fortes ansiedades, vivendo, nos termos de Heidegger, vidas "inautênticas".
"Quando a tecnologia e o dinheiro tiverem conquistado o mundo; quando
qualquer acontecimento em qualquer lugar e a qualquer tempo se tiver tornado
acessível com rapidez; quando se puder assistir em tempo real a um atentado no
ocidente e a um concerto sinfônico no Oriente; quando tempo significar apenas
rapidez online; quando o tempo, como história, houver desaparecido da existência
de todos os povos, quando um desportista ou artista de mercado valer como grande
homem de um povo; quando as cifras em milhões significarem triunfo, – então,
justamente então — reviverão como fantasma as perguntas: para quê? Para onde? E
agora? A decadência dos povos já terá ido tão longe, que quase não terão mais
força de espírito para ver e avaliar a decadência simplesmente como… Decadência.
Essa constatação nada tem a ver com pessimismo cultural, nem tampouco, com
otimismo… O obscurecimento do mundo, a destruição da terra, a massificação do
homem, a suspeita odiosa contra tudo que é criador e livre, já atingiu tais
dimensões, que categorias tão pueris, como pessimismo e otimismo, já haverão de
ter se tornado ridículas." – Martin Heidegger, (1889-1976), em Introdução à Metafísica
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